Parece algo comum mas é você
Descaradamente belo
Que escurece a visão
Parece algo comum mas é você
Indecifravelmente correto
Que conduziu-me a prisão
Parece algo comum mas sou eu
Inesgotavelmente incrédula
Pura, casta, em aflição
Parece algo comum mas sou eu
Indefinidamente uma sonhadora
Que lhe estendeu a mão
Parece algo comum mas eram minhas
As dores e mazelas, até a leveza
Que você instalou no coração
Parece algo comum mas eram suas
As rimas falsas, os dizeres
A "saudade", tudo ali no chão
Parece algo comum mas eram minhas
As dúvidas que me fizeram acordar e agora “esperta”
Com os pés no chão
Parece algo comum, nada era meu...
O amor, a poesia e a cor singela
Que via na estrela, clareada logo ali
Parece algo comum, tudo era seu
Todo ardor que em mim deixou,
Até o beijo que jamais vivi.
Parece algo comum...
Nada existiu.
Marihá 01/01/10
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